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Damon Albarn disse, em entrevista à revista Q, que o período em que consumiu heroína foi "incrivelmente criativo". A relação do vocalista do Blur começou no auge da britpop, durante a sua relação com Justine Frischmann, do Elastica, e prolongou-se até ao final da década de 90. 

"Detesto falar sobre heroína por causa da minha família", ressalvou, "mas, para mim, foi incrivelmente criativa, libertou-me". Em termos musicais, Albarn responsabiliza a heroína e a descoberta da "música simples, bonita e repetitiva de África" na mudança que conheceu como músico. "Conseguiu tirar algo da minha voz e só posso dizer que a heroína, nesse aspecto, foi extremamente produtiva para mim". 

O músico, que diz ter deixado o consumo da droga com a ajuda de duas aspirinas, sublinha que a heroína o fez isolar-se mais e "em último caso, algo que crie uma dependência tal não pode ser bom". 

"Everyday Robots", álbum solo de Damon Albarn, tem lançamento para 28 de abril. 

(Q/Blitz)

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