A polémica começou quando Vincent Moon, o diretor francês conhecido pelo seu trabalho com bandas indie rock, afirmou numa entrevista a um jornal canadense que alguns dos músicos do Arcade Fire e os seus managers "são más pessoas".
"São más pessoas, é isso. E não me refiro à banda toda - refiro-me aos líderes da banda e ao seu management", disse o responsável pelo documentário "Miroir Noir", gravado durante a turnê da banda de "Neon Bible" em 2008.
Na caixa de comentários do site Consequence of Sound, o manager do Arcade Fire, Scott Rodger, partilhou sua versão dos acontecimentos.
Veja aqui a sua mensagem:
"Querido Vincent.
Eu sou uma dessas 'más pessoas'. Poderia nos devolver o equipamento de filmagem que roubou da banda? Quem sabe, se conseguisse controlar o teu consumo de drogas, talvez fosse capaz de acabar um filme. Devíamos ter escutado nossos amigos que já tinham trabalhado contigo e nos avisaram para não fazermos isso. Mas achamos que seria espetacular. Infelizmente estávamos enganados. A tua mudança para os 'filmes artísticos' não tem a ver com o fato de ninguém estar preparado para te contratar ou subsidiar? Dizer a verdade. Não é assim tão complicado, Vincent. Agora, nos devolve o equipamento? Obrigado, Scott".
A troca de acusações está inflamando a caixa de comentários do Consequence of Sound.
Em 2009, Wayne Coyne, do Flaming Lips, atacou o Arcade Fire, acusando-os de tratar mal a sua equipe e o seu público. Mais tarde, o cantor pediria desculpa à banda de Win Butler e Régine Chassagne.
Nascido em França há 32 anos, Vincent Moon (verdadeiro nome Mathieu Saura) realizou também "A Skin, A Night" , filme sobre os norte-americanos The National, incluído no "Virginia EP", e numerosos vídeos da série" Take-Away Show", do site La Blogothèque, com artistas como R.E.M., Bon Iver, Sigur Rós e muitos outros. Atualmente, segundo a entrevistada citada acima, Moon está mais interessado em música tradicional e num estilo de vida nômade. "Vivo sem casa, sem dinheiro e é muito excitante". (Blitz)