Rosa Sônica

Rebeca Matta lançou dois álbuns que, no mínimo, mostravam novos caminhos na nova geração de cantoras e compositoras brasileiras surgidas no fim dos anos 90 e começo dos anos 00. Os álbuns 'Tantas Coisas' e 'Garotas Boas Vão Pro Céu, Garotas Más Vão pra Qualquer Lugar' (2000) utilizavam como base a música eletrônica, com mais precisão, o trip hop, para dá contemporaneidade à música da cantora soteropolitana.

O flerte entre a música eletrônica, a mpb e rock rendeu elogios da crítica e até um prêmio da APCA, de cantora-revelação de 1999.

'Rosa Sônica' (2006), o terceiro disco, chegou seis anos depois de 'Garotas Boas Vão Pro Céu,...'. Uma longa espera para os fãs da cantora, diga-se de passagem. O álbum traz Rebeca Matta acompanhada dos produtores Boing e Gilberto Monte (a "Orquestra Sônica"). E, com a Orquestra Sônica, Rebeca Matta mergulha de vez na música eletrônica, agora mais precisamente na IDM (sigla em inglês para Intelligent dance music). São treze músicas nas quais a cantora baiana se afasta ainda mais da tradicional mpb e busca na vanguarda da música eletrônica as bases para expressar as suas composições. A referência à mpb fica somente em conta da regravação de "Vapor Barato" (Wally Salomão/Jards Macalé), música mais conhecida na interpretação do grupo o Rappa.