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SAY HI - The Wishes and the Glitch

Bandas de um homem só já se tornou comum na música pop e não é de hoje. Há casos em que o artista prefere utilizar seu próprio nome: Patrick Wolf e Andrew Bird, só pra citar alguns. Eric Elbogen prefere usar a alcunha de Say Hi, antigo Say Hi to The Mom, para externar suas criações musicais. Fã confesso do Figurines e Postal Service, Elbogen canta, compõe e produz o Say Hi, grava quase tudo em seu apartamento, tendo como companheiros alguns computadores equipados com programas de criação musical, sintetizadores e invariavelmente a ajuda de alguns amigos, geralmente em apresentações ao vivo.

Seu quinto álbum não foge à regra de seus trabalhos anteriores, claro que há elementos “convencionais” (bateria, por exemplo), mas boa parte do que se ouve vem de sintetizadores e PC's. “The Wishes and the Glitch” apresenta canções indie-pop simples (alguns taxam de lo-fi) mas recheadas de barulhinhos sintetizados e vocais recobertos por uma fina camada de melancolia, às vezes há alguma experimentação, vide a estranha intercalação de sons de “Apples for the Innocent”, que tem uma linha de baixo ao melhor estilo dos Pixies.

Da abertura, com a bacaninha “Northwestern Girls”, até “Back Before We Were Brittle” (quarta faixa) segura a atenção, daí em diante a profusão de efeitos, loops e batidas cai numa auto-repetição que embora não comprometa o álbum ou diminua a beleza das canções, torna a audição monótona, apesar de sua curta duração. Nota-se que se tivesse Elbogen rebuscado melhor alguns arranjos o resultado seria um álbum uns dois degraus acima do patamar em que se encontra, até mesmo distanciando-se do punhado de bandas similares ou de seus trabalhos anteriores. Ainda assim, um álbum que vale a pena ouvir.

Melhores momentos: “Back Before We Were Brittle”, “Spiders” e “Zero to Love”.

[Euphobia, 2008]

NOTA: 6,8